domingo, 22 de março de 2009

Francisco Cândido Xavier - O Mestre da Bondade



Francisco Cândido Xavier (Pedro Leopoldo, 2 de abril de 1910 — Uberaba, 30 de junho de 2002), nascido como Francisco de Paula Cândido e mais conhecido popularmente por Chico Xavier, notabilizou-se como médium e célebre divulgador do Espiritismo no Brasil.
Nascido em Pedro Leopoldo, cidade do interior de Minas Gerais, era filho de Maria João de Deus e João Cândido Xavier. Educado na fé católica, Chico teve seu primeiro contato com a Doutrina Espírita em 1927, após fenômeno obsessivo verificado com uma de suas irmãs. Passa então a estudar e a desenvolver sua mediunidade que, como relata em nota no livro Parnaso de Além-Túmulo, somente ganhou maior clareza em finais de 1931. O seu nome de batismo Franciso de Paula Cândido foi dado em homenagem ao santo do dia de seu nascimento, substituido pelo nome paterno de Francisco Cândido Xavier logo que rompeu com o catolicismo e escreveu seus primeiros livros e mudado oficialmente em abril 1966, quando da segunda viagem de Chico aos Estados Unidos.
Infância

Segundo biógrafos, a mediunidade de Chico teria se manifestado pela primeira vez aos quatro anos de idade, quando ele respondeu ao pai sobre ciências, durante conversa com uma senhora sobre gravidez. Ele dizia ver (clarividência) e ouvir (clariaudiência) os espíritos e conversava com eles. Aos 5 anos conversava com a mãe, já desencarnada. Na casa da madrinha, foi muito maltratado, chegando a levar uma garfada na barriga. Aos sete anos de idade, saiu da casa da madrinha para voltar a morar com o pai, já casado outra vez. Ele, para ajudar nas despesas da casa trabalhava e estudava em escola pública. Por conseqüência, dormia apenas sete horas por dia.

Psicografias:

Chico Xavier psicografou quatrocentos e doze livros. Nunca admitiu ser o autor de nenhuma dessas obras. Reproduzia apenas o que os espíritos lhe ditavam. Por esse motivo, não aceitava o dinheiro arrecadado com a venda de seus livros. Vendeu mais de 20 milhões de exemplares. Cedeu os direitos autorais para organizações espíritas e instituições de caridade, desde o primeiro livro.
Suas obras são publicadas pelo Centro Espírita União, Casa Editora O Clarim, Edicel, Federação Espírita Brasileira, Federação Espírita do Estado de São Paulo, Federação Paulista do Rio Grande do Sul, Fundação Marieta Gaio, Grupo Espírita Emmanuel s/c Editora, Comunhão Espírita Cristã, Instituto de Difusão Espírita, Instituto de Divulgação Espírita André Luiz, Livraria Allan Kardec Editora, Editora Pensamento e União Espírita Mineira.
Seu primeiro livro, Parnaso de Além-Túmulo, com 256 poemas atribuídos a poetas mortos, entre eles os portugueses João de Deus, Antero de Quental e Guerra Junqueiro, e os brasileiros Olavo Bilac, Cruz e Sousa e Augusto dos Anjos, foi publicado pela primeira vez em 1932. O livro causou muita polêmica nos círculos literários da época. O de maior tiragem foi Nosso Lar, com cerca de milhão e trezentas mil cópias vendidas[9], atribuídao ao espírito André Luiz, primeiro volume da coleção de 17 obras, todas psicografadas por Chico Xavier, algumas delas em parceria com o médico mineiro Waldo Vieira.
Uma de suas psicografias mais famosas, e que teve repercussão mundial, foi a do caso de Goiânia em que José Divino Nunes, acusado de matar o melhor amigo, Maurício Henriques, foi inocentado pelo juiz que aceitou como prova válida (entre outras que também foram apresentadas pela defesa) um depoimento da própria vítima, já falecida, através de texto psicografado por Chico Xavier. O caso aconteceu em outubro de 1979, na cidade de Goiânia, Goiás. Assim, o presumido espírito de "Maurício" teria inocentado o amigo dizendo que tudo não teria passado de um acidente.

Falecimento:

"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim."

Chico Xavier faleceu aos 92 anos de idade em decorrência de parada cardíaca. Conforme relatos de amigos e parentes próximos, Chico teria pedido a Deus para morrer em um dia em que os brasileiros estariam muito felizes, e que o país estaria em festa, por isso ninguém ficaria triste com seu passamento. O país festejava a conquista da Copa do Mundo de futebol de 2002 no dia de seu falecimento. Chico foi eleito o mineiro do século XX, seguido por Santos Dumont e Juscelino Kubitschek Recentemente, iniciou-se a construção de um centro em sua homenagem.

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