domingo, 14 de junho de 2009

Coleção de Livros Zíbia Gasparetto


Zíbia Gasparetto (Campinas, 29 de julho de 1926) é uma escritora espiritualista brasileira que se notabilizou como médium.
De ascendência italiana, casou-se aos vinte anos de idade, com Aldo Luiz Gasparetto, com que teve quatro filhos, entre os quais o apresentador de televisão Luiz Antonio Gasparetto.
Zíbia conta que, em 1950, já mãe de dois filhos, teria acordado certa noite com um formigamento no corpo. Em seguida, teria se levantado, passando a andar pela casa como um homem, falando em alemão, idioma que desconhecia. O marido, surpreendido e assustado, recorreu ao auxílio de uma vizinha que, ao chegar à residência da família, teria feito uma oração capaz de reestabelecer Zíbia. No dia seguinte, Aldo Luiz dirigiu-se a uma livraria, onde adquiriu O Livro dos Espíritos, e juntos, teriam começado a estudar a Doutrina Espírita.
Aldo Luiz começou a freqüentar as reuniões públicas da Federação Espírita do Estado de São Paulo, mas Zíbia não tinha como acompanhá-lo, pois não tinha com quem deixar as crianças. Semanalmente, entretanto, faziam juntos um estudo no lar, período em que a médium diz que principiou a sensação de uma dor forte no braço direito, do cotovelo até à mão, que se mexia de um lado para o outro sem que ela pudesse controlá-lo. Aldo Luiz colocou-lhe um lápis e papel à frente, e tomando-os, Zíbia teria começado a escrever rapidamente. Ao longo de alguns anos, uma vez por semana, foi psicografando desse modo, o seu primeiro romance, O Amor Venceu, assinado pela entidade denominada Lucius.
Quando datilografado e pronto, a médium encaminhou o trabalho a um professor de História da USP, que à época dirigia um grupo de estudos na Federação Espírita. Mas só quinze dias mais tarde veio a resposta, na forma de aviso sobre a escolhia da obra para ser publicada pela Editora LAKE.
Atualmente, a médium diz escrever pelo computador, quatro vezes por semana, em cada dia uma obra diferente: consciente, declara ouvir uma voz ditando-lhe as palavras do texto.
Apesar de seus livros serem tidos como espíritas assim como a crença da autora, Zíbia faz questão de cobrar valores monetários pela venda de seus exemplares, fazendo-se assim detentora dos direitos de publicação e tornando-se remunerada pelas palavras que lhes são "ditadas", em total desacordo com a Doutrina Espírita. Cabe aqui esclarecer que a obra ou conteúdo dos livros não são questionados, de maneira alguma, mas os valores ditos espíritas devem ser corrigidos como "espiritualistas", uma vez que o espiritismo não admite que remunerações ou privilégios monetários sejam recebidos por indivíduos detentores de mediunidade desenvolvida, uma vez que qualquer manifestação mediúnica tem a origem em "afinidade de espíritos", sendo portanto o médium apenas instrumento ou mesmo agente consciente do fenômeno mas não detentor do conhecimento explicitado.

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