sexta-feira, 5 de junho de 2009

Livro Magnetismo Curador


Prefácio da segunda edição

Sem que tenhamos a pretensão de apresentar uma tradução do presente livrinho escoi¬mada de erros e impropriedades de termos, temos, entretanto, plena convicção de cingirmo-nos ao original tanto quanto nos foi dado à inópia dos nossos conhecimentos no assunto.
Já de há muito se fazia mister uma nova dicção deste manual. O acolhimento que teve a primeira edição, se bem não tivesse sido um sucesso de Livraria, como vulgarmente se diz, teve, entretanto, uma saída muito auspiciosa, animando-nos a empreender de novo esta tarefa.
Os que leram e, por certo, não foi pequeno o número dos leitores, nos trouxeram a convicção de que o assunto já conta um número avultado de afeiçoados que, por sua vez, depois de praticarem, irão propagando os incomensuráveis benefícios hauridos com o emprego dos eflúvios magnéticos no tratamento das várias modalidades mórbidas que afligem a humanidade.
Quanta lágrima enxugada, quanta dor, quanta aflição removidas, graças ao emprego dos passes magnéticos, que para os incrédulos são ainda motivo de chufa e de desdém. Uma infinidade de casos bem observados e importantes tem obedecido à terapêutica fluídica. O próprio tradutor deste trabalho inúmeras vezes teve ocasião de empregá-la e em emergências em que uma intervenção imediata se fazia necessária e nunca teve ocasião de se arrepender.
Achamos que devíamos com mais propriedade mudar o título do livro para Terapêu¬tica magnética em vez de magnetismo curador, que, de modo algum, obedecia ao seu obje¬tivo, parecendo-nos antes uma adjetivação forense. Não altera a essência do livro e traduz melhor o seu intuito. Não entramos neste momento no modo pelo qual se operam as curas magnéticas, porque, com franqueza, não achamos uma explicação positiva que nos autorize a expendê-la.
O que há são meras hipóteses sobre as quais se tem arquitetado teorias mais ou menos especiosas. Respeitemos os fatos bem averiguados, sem preocupações doutrinárias e aceitemos, já que não podemos negar, que existem moléstias fluídicas que só cedem à ação dos fluidos magnéticos. Esta é que é a verdade. Não é um privilégio individual a força magnética. Todos a têm em maior ou menor grau. Indivíduos há, porém, tão bem dotados desta propriedade, que conseguem verdadeiros prodígios em questão de cura por este meio. Estes são o terror dos médicos materialistas e vaidosos que vêm o seu orgulho aba¬tido diante de uns simples passes aplicados com toda a modéstia. Felizmente já não é pequeno o contingente de médicos que aceita o magnetismo como agente terapêutico e até aconselham-no nos casos de improficuidade da medicação aplicada. Abençoados sejam, porque acima da vaidade, que é o apanágio da classe, colocam a saúde e o bem estar dos seus enfermos. Que esta nova edição tenha a saída da primeira e já nos damos por bem pagos com os frutos opimos que deverão colher aqueles que fizerem uso dos processos metodisados e empregados pelo Sr. Bué cuja exposição o leitor terá ocasião de apreciar no curso deste trabalho.

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